Os Exchange Traded Funds, conhecidos como ETFs, têm se tornado cada vez mais populares entre investidores que buscam rendimentos maiores do que os oferecidos pela renda fixa. Esses fundos negociados em bolsa permitem investir em ações a um custo mais baixo, proporcionando diversificação, flexibilidade e praticidade. Na B3, a bolsa de valores brasileira, existem diversos ETFs listados, que abrangem desde índices nacionais até internacionais. Neste artigo, vamos explorar os principais ETFs listados na B3 e entender como eles podem ser uma opção interessante para diversificar sua carteira de investimentos.

O que são ETFs e como funcionam?

Os ETFs são fundos de investimento que seguem a variação de um índice de referência, como o Ibovespa ou o S&P 500. Ao investir em um ETF, você adquire cotas de um fundo que replica o comportamento desse índice, seja de ações ou de renda fixa. Dessa forma, você pode ter acesso a uma carteira diversificada realizando um único investimento.

Os ETFs são negociados na bolsa de valores, assim como as ações, e podem ser comprados e vendidos a qualquer momento durante o pregão. A rentabilidade desses fundos está diretamente ligada à performance do índice de referência. Por exemplo, se você investir em um ETF que replica o Ibovespa e o índice subir 10%, o valor das suas cotas também aumentará nessa proporção.

Além disso, os ETFs oferecem outras vantagens, como menor custo em relação aos fundos de ações tradicionais, maior liquidez e transparência, já que a composição da carteira é divulgada diariamente. Essas características fazem dos ETFs uma opção interessante para investidores de diferentes perfis.

Os principais ETFs listados na B3

Atualmente, existem diversos ETFs listados na B3, que permitem ao investidor ter exposição a diferentes mercados e estratégias de investimento. Vamos conhecer alguns dos principais ETFs disponíveis:

BOVA11 – Ibovespa

O BOVA11 é um ETF baseado no Ibovespa, o principal índice de ações do mercado brasileiro. Esse ETF é composto por ações de empresas que correspondem a mais de 80% do volume de negociações da bolsa. A composição do índice muda a cada quatro meses, mas o BOVA11 já faz uma atualização periódica. A administração é feita pelo Citibank, com gestão da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo. A taxa de administração do fundo é de 0,54% ao ano e a quantidade mínima a ser negociada na bolsa (lote padrão) é de 10 cotas.

BRAX11 – Índice Brasil (IBrX 100)

O BRAX11 é um ETF baseado no Índice Brasil (IBrX 100), que mede o retorno de investimento de uma carteira teórica formada pelas 100 ações mais negociadas na B3, considerando tanto a quantidade como o volume financeiro. A taxa de administração do BRAX11 é de 0,20% ao ano, e o lote padrão de negociação é de 10 cotas.

SMAL11 – Índice Small Cap

O SMAL11 é um ETF baseado no índice Small Cap, que registra a média de desempenho das ações de menor capitalização da B3. A carteira é formada por ações de companhias menores. A taxa de administração do SMAL11 é de 0,69% ao ano, e o lote padrão de negociação é de 10 cotas.

IVVB11 – S&P 500

Diferente dos ETFs anteriores, que estão baseados em índices nacionais, o IVVB11 (ou ISHARES S&P 500) utiliza como espelho o índice norte-americano S&P 500. Esse índice engloba as ações das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, incluindo gigantes como Facebook, Amazon, Microsoft, Apple e Google. O IVVB11 também é administrado pelo Citibank e gerenciado pela BlackRock. Sua taxa de administração é de 0,24% ao ano, e o lote padrão é de dez cotas.

IMAB11 – ETF de Renda Fixa

O IMAB11 é o ETF de renda fixa patrocinado pelo Tesouro Nacional. Ele replica uma carteira de títulos públicos indexados à inflação, com a vantagem de ter uma alíquota única de Imposto de Renda de 15% sobre o lucro, não importa o prazo da aplicação. A administração e a gestão ficaram a cargo do Itaú Asset Management. A taxa de administração desse ETF é de 0,25% ao ano, e o lote padrão para a negociação é de 10 cotas.

TECB11 – ETF de Tecnologia

O TECB11 é um ETF que reúne as principais empresas de tecnologia com foco no Brasil. A cesta é composta por 27 empresas do segmento, com suas ações ou BDRs listadas na B3. O índice que o TECB11 replica possui exposição a três segmentos dentro do setor de tecnologia com foco no mercado brasileiro: intermediação financeira (financial deepening), e-commerce, software, hardware e dados. As 5 maiores posições são: MercadoLivre, Stone, PagSeguro, Magalu e Inter. A taxa de administração é de 0,6% ao ano.

Como investir em ETFs?

Investir em ETFs é bastante simples. Basta abrir uma conta em uma corretora de valores, como a XP Investimentos, e escolher os ativos de sua preferência. O preço varia conforme o valor das cotas de cada ETF no momento da negociação.

Para investir em um determinado ETF, basta olhar a cotação do índice e multiplicá-la pelo número mínimo de cotas permitidas em cada operação. Por exemplo, se uma cota do BOVA11 estiver sendo negociada a R$ 100, e o lote mínimo para a compra é de dez cotas, o investimento mínimo seria de R$ 1 mil.

É importante lembrar que, ao investir em ETFs, incidem custos como taxa de corretagem, emolumentos e impostos. Esses custos podem variar segundo a corretora escolhida. Portanto, é fundamental avaliar as taxas cobradas e buscar corretoras que ofereçam condições mais vantajosas.

Conclusão

Os ETFs listados na B3 são uma excelente opção para investidores que desejam diversificar sua carteira de investimentos e obter rendimentos superiores à renda fixa. Com diferentes opções de ETFs disponíveis, você pode escolher aqueles que melhor se adequam aos seus objetivos e estratégias de investimento.

Ao investir em ETFs, é importante ter em mente que você está adquirindo cotas de um fundo que replica o comportamento de um índice de referência. Portanto, é fundamental realizar uma análise detalhada dos ETFs disponíveis, levando em consideração fatores como composição da carteira, taxa de administração e liquidez. Com uma abordagem cuidadosa e estratégica, os ETFs podem ser uma ferramenta poderosa para potencializar seus investimentos e alcançar seus objetivos financeiros.

Este texto não é um conselho de investimento, é uma tentativa de manter os entusiastas cientes dos desenvolvimentos recentes. Quem optar por investir em algum ativo mencionado em qualquer texto o faz por sua conta e risco.

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