Um estudo recente aponta que o campo da Inteligência Artificial (IA) e automação pode oferecer novas oportunidades para profissionais neuroatípicos, especialmente aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De acordo com pesquisa da consultoria global Deloitte, equipes com profissionais neurodiversos podem ser até 30% mais produtivas do que equipes sem essa diversidade.
Iniciativas de inclusão estão ganhando força no setor de tecnologia. Exemplos práticos mostram o impacto positivo de profissionais neurodiversos em empresas de tecnologia.
O banco JPMorgan Chase, por exemplo, relatou que seus funcionários no espectro autista, são entre 90% e 140% mais produtivos em funções de tecnologia do que os funcionários neurotípicos com mais experiência.
Nos Estados Unidos, startups do setor de tecnologia também têm valorizado a neurodiversidade, reconhecendo habilidades como:
- Atenção aos detalhes;
- Identificação de padrões sutis;
- Foco para tarefas como a rotulagem de dados e o treinamento de modelos de IA.
Com base nos resultados positivos de suas pesquisas, a empresa de software de automação UiPath em parceria com a organização norte-americana Autonomyworks, começou a treinar modelos de inteligência artificial com o auxílio de profissionais neurodiversos.
Através da potencialização de tarefas e funções de IA e automação, as empresas utilizam das habilidades específicas de pessoas com TEA para atingir melhores resultados em seus estudos e pesquisas.
“As pessoas neurodiversas têm um papel transformador aqui. Além de trazerem habilidades valiosas à mesa, elas podem ajudar a garantir que os aplicativos de inteligência artificial tenham menos vieses e atendam uma gama mais ampla de usuários. E isto é muito importante”, diz Edgar Garcia, Vice-Presidente da UiPath na América Latina.
A empresa espera que essa iniciativa ajude a promover uma cultura de maior diversidade e inclusão no setor de tecnologia, incluindo no Brasil.