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Meta testa novo recurso de Notas Comunitárias para substituir verificação de fatos

Meta divulga que mais de 200 mil pessoas se inscreveram para testar o novo sistema de avaliação colaborativa; Brasil descorda de novo método

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A Meta Platforms anunciou que começará a testar seu novo recurso de Notas Comunitárias no Facebook, Instagram e Threads a partir da próxima terça-feira (18).

A novidade quer substituir o sistema tradicional de verificação de fatos, permitindo que os usuários forneçam contexto adicional às publicações.

Notas comunitárias 

As Notas Comunitárias da Meta terão um limite de 500 caracteres e serão acompanhadas por um link de apoio. Diferente do sistema de verificação de fatos de terceiros, o novo programa permite que qualquer usuário com mais de 18 anos, com uma conta em boas condições, se registre para contribuir. 

A Meta informou que mais de 200 mil pessoas se inscreveram para testar o sistema, e os colaboradores selecionados ajudarão a criar e avaliar notas sobre conteúdos publicados nas plataformas.

Além disso, a Meta construiu seu algoritmo de avaliação baseado em código aberto. Ele considerará o histórico de participação de cada colaborador, dando mais peso às avaliações de pessoas que geralmente discordam, com o intuito de alcançar uma análise mais imparcial.

Meta no Brasil 

A mudança nas políticas de moderação gerou questionamentos por parte da Advocacia-Geral da União (AGU), que solicitou esclarecimentos à Meta. De acordo fontes da colunista Raquel Landim, a Meta pediu sigilo sobre o teor de sua resposta. 

Além disso, o governo brasileiro está avaliando como essas alterações da Meta podem afetar o ambiente digital e a segurança dos usuários.

Assim, o ministro da AGU, Jorge Messias, destacou que o governo brasileiro não permitirá omissões diante de mudanças que impactam milhões de brasileiros. “Infelizmente, nós temos que constatar que as redes são utilizadas também para a prática de crimes de toda a ordem”, afirmou o ministro em uma audiência pública em Brasília em janeiro.

Por fim, ele afirmou que o Estado brasileiro também precisa garantir a segurança dos brasileiros na internet também. “Nós temos o compromisso de segurança em todas as vias, inclusive nas digitais”.