O cenário atual é marcado por incertezas políticas e econômicas. Soma-se a isso o surgimento da Covid-19, principal responsável por diminuir as projeções de crescimento de muitos economistas.
Tal fato impacta diretamente os investidores.
Isso porque o governo precisa realizar medidas que estimulem o consumo. Entre tantos pacotes de liquidez, para dar maior dinamismo à economia e principalmente fomentar o consumo, uma das ações realizadas com o mesmo objetivo foi a redução da taxa Selic.
Essa taxa está no menor patamar histórico, trazendo à tona uma nova realidade para os investidores de renda fixa que desejam diversificar seus investimentos.
No entanto, quando se tem por objetivo liquidez imediata nada mudou. Tendo em vista que o investidor pode precisar do valor a qualquer momento, como por exemplo em uma emergência, é necessário que o dinheiro esteja disponível rapidamente em uma instituição sólida. Pensando nisso, a renda fixa tem o importante papel de trazer segurança ao investidor.
Por outro lado, nessa nova realidade é comum encontrar investidores preocupados com a tomada de decisão em como distribuir os investimentos nas diversas categorias de ativos.
Por isso, acompanhar a economia é crucial para entender o cenário como um todo e tomar melhores decisões. Entretanto, Este acompanhamento deve ser feito de maneira natural e sem neuroses.
É altamente desaconselhável realocação dos ativos, alterando o portfólio, a cada divulgação econômica. E, pior, a cada saída de ministros na política e projeções econômicas feitas por analistas.
Acima de tudo, é importante focar no longo prazo e na constância nos aportes.
Para diversificação, existem muitos ativos em renda fixa que se destacam como oportunidade em meio ao caos econômico.
Uma delas é o CCB (Cédula de Crédito Bancário), que na prática é um documento garantindo o valor investido, na data acordada, assim como os juros da aplicação.
Em segundo lugar, alguns CCBs estão com taxas de 200% CDI, sendo uma boa opção para investidores que procuram diversificação em renda fixa.
Além disso, vale lembrar que os investidores, a partir de agora, precisarão correr mais riscos nos investimentos para obter taxas mais atrativas. Uma dica é começar a pesquisar ativos em renda fixa que não possuem FGC (Fundo Garantidor de Créditos), mas que beneficie o investidor com outras garantias. Dessa forma, será possível ter perspectivas de retornos maiores que o CDI e que a inflação.
Dado que estamos em um momento de crise, a renda variável está com mais oscilações quando comparado a um cenário de estabilidade econômica. Com a volatilidade do mercado em alta, essa pode não ser uma boa opção para investidores inexperientes.
A bolsa de valores, em teoria, deveria ser a grande beneficiada com as quedas na taxa Selic. Entretanto, a instabilidade criada pela Covid-19 trouxe, como resultado para as empresas um trade de maior risco.
Com perspectivas de um novo corte na taxa Selic também é interessante para o médio prazo os investimentos pré-fixados. Assim, o investidor garante rentabilidade real acima da inflação neste cenário.
Dessa forma, ainda há grandes oportunidades dentro da renda fixa, com retornos tão agressivos quanto nas ações de algumas empresas. O que o investidor terá que se habituar é garimpar os ativos e focar em conhecimento para treinar o olhar quando estas chances aparecerem.
O conhecimento lhe dará discernimento para ponderar sobre as notícias e fará com que a queda na taxa de juros não seja o fator determinante para se desesperar, pois ainda há bons ativos em renda fixa.
Bons investimentos e até a próxima!!