O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com queda acentuada após o circuit breaker nesta segunda-feira (09). Seguindo o pânico generalizado nos mercados com o preço do petróleo e os receios com o coronavírus, por volta das 10h30, as perdas chegaram a 10%, aos 88.828,14 pontos. Por volta das 13h40, as perdas eram de 9,43%, aos 88.755,88 pontos.
O dólar comercial estava em alta, com valorização de 2,37% ante o Real e cotado a R$ 4,744. Às 9h10, o Banco Central promoveu novo leilão no mercado de câmbio, no intuito de conter os ânimos em relação à alta da divisa norte-americana.
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A bolsa ficou parada por meia hora, para depois retornar aos trabalhos por volta das 11h. O circuit breaker é um mecanismo de defesa contra a volatilidade, permitindo rebalancear as operações. A última vez que o Ibovespa tinha atingido perdas de 10% foi em 2017, no chamado Joesley Day.
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O horário normal de funcionamento do mercado brasileiro, das 10h às 17h, é retomado hoje, com o início do horário de verão norte-americano.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
As bolsas internacionais prenunciam o dia de queda generalizada. No Japão, o Nikkei afundou mais de 5%, enquanto a Bolsa de Xangai encerrou o pregão com perdas de 3%. Na Europa, DAX 30 derretia mais de 7%, assim como o FTSE 100 e o índice CAC 40. Em Nova York, o Dow Jones despencava mais de 6%. O S&P 500, que também teve um circuit breaker, beirava perdas de 6%, enquanto a Nasdaq caia mais de 5%.
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Petróleo
Após a discordância entre Rússia e Opep em relação aos cortes de produção, a petroleira estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco, está oferecendo petróleo a preços abaixo dos oficiais. Além disso, o país faz preparativos para elevar a sua produção para mais de 10 milhões de barris ao dia (mbpd).
Com isso, o preço do barril de petróleo chegou a cair 30%. Agora, o Brent é cotado a US$35,86/barril. A situação também derrubou moedas emergentes, como o peso mexicano.
Coronavírus
A epidemia da nova doença alcançou novos níveis na Itália, o segundo país com maior número de casos, com mais de 7 mil infectados. Milão, importante centro econômico, está em quarentena. No Brasil, os casos confirmados chegaram a 24, sem nenhum óbito. No mundo, as ocorrências do COVID-19 passam de 100 mil e as mortes chegam a 3.800.
Em Brasília
O presidente Bolsonaro endossou publicamente, no último sábado, as manifestações convocadas para 15 de março, que têm como pauta o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O presidente, no entanto, disse que o movimento é “pró-Brasil”. No Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tentou aliviar as tensões, afirmando que a casa está pronta para dar continuidade às reformas.
Balanços
O noticiário corporativo, ofuscado pela crise do petróleo e os receios com o coronavírus, aguarda os resultados das empresas CPFL e Direcional para depois do fechamento dos mercados.