O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou a sessão desta segunda-feira (23) com baixa de 0,17%, totalizando 104.637,82 pontos.
Dólar
Em contraste, o dólar comercial acumulou altas desde o início da manhã. No final do dia cotava R$ 4,17 com alta de o,419%.
As performances podem ser explicadas por conta dos principais acontecimentos de hoje:
Guerra comercial volta a preocupar
Na última sexta-feira, o presidente Donald Trump disse que aceitaria “apenas um acordo completo” após as autoridades chinesas cancelarem a visita planejada aos estados agrícolas dos EUA.
Segundo a Investing.com, a falta de progresso nas negociações comerciais sino-americanas levou os investidores a vender ações no curto prazo.
Europa desfavorável
A Suprema Corte da Grã-Bretanha deve tomar uma decisão nos próximos dias sobre se o primeiro-ministro Boris Johnson agiu ilegalmente na suspensão do parlamento.
Os mercados também se concentraram em saber se Johnson pode fazer uma revisão de acordo com a UE, embora isso ainda pareça improvável.
Além disso, o crescimento da atividade de negócios na zona do euro estagnou neste mês, prejudicado pelo encolhimento da atividade na Alemanha, onde uma recessão na indústria se intensificou inesperadamente.
Da mesma forma, a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI) da zona do euro, do IHS Markit – uma provedora global de informações econômicas com sede em Londres – sinaliza que é necessário apoio à atividade frágil.
O PMI caiu de 51,9 em agosto para 50,4 em setembro e ficou abaixo de todas as previsões em uma pesquisa da Reuters, que previa uma leitura de 51,9.
Política nacional
Reforma da previdência
Segundo a Agência Brasil, está marcada para a próxima terça-feira (24), no plenário do Senado a votação em primeiro turno da Emenda Constitucional (PEC) da reforma. Com a novidade, os mercados se animaram, mas mesmo assim foram sufocados pela expectativa com os próximos capítulos da guerra comercial.
MP Liberdade Econômica
Na última sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei da Liberdade Econômica. A legislação entre em vigor imediatamente.
Em adição, Bolsonaro elogiou a reforma trabalhista realizada pelo presidente Michel Temer e disse que seu governo está fazendo “o que é preciso fazer”.