Se você já pensou algum dia em investir, ou já está investindo, com certeza já deve ter ouvido falar em CDB, LCI, LCA, LC, CRI, CRA e por aí vai.
Eu sei que essas siglas são assustadoras e mais parecem uma grande sopa de letras, não é mesmo?! Mas fique tranquilo que eu estou aqui para facilitar a sua vida!
Portanto, vamos começar pelo primeiro ponto que precisa ficar muito claro em sua cabeça.
O que é renda fixa?
Quando você faz um investimento em renda fixa na verdade está emprestando dinheiro para uma instituição, que pode ser pública ou privada.
No caso de instituições públicas, quando você investe em títulos públicos pela plataforma do Tesouro Direto você está emprestando dinheiro para o Governo (para saber mais, leia meu artigo aqui no Space Money.)
Já no caso de você escolher por emprestar dinheiro (investir) para uma instituição privada, você poderá fazer isso por meio de títulos como CDB, RDB, LF, LCI, LH, LCA, LC, CRI e CRA, que mencionamos no início deste artigo.
Essa instituição, seja pública ou privada, irá devolver o seu dinheiro em um prazo pré-determinado, acrescido dos juros acordados no momento da aplicação. Mas atenção: isso também pode “NÃO” acontecer, por isso a importância de ter atenção em alguns fatores.
Investir em renda fixa é seguro?
No caso dos títulos públicos, posso afirmar que são extremamente seguros. Por isso, inclusive, são chamados de “Risco Soberano”, isto é, são considerados o investimento de menor risco da economia.
Já os investimentos em títulos privados possuem, sim, um risco maior de crédito, que é o risco de você não receber o valor que investiu. Mas calma, pois existem mecanismos para te proteger contra isso!
FGC
O Fundo Garantidor de crédito é um fundo criado pelo Governo e abastecido pelas instituições financeiras, que funciona como uma espécie de seguro para o investidor. Em caso de falência da instituição, o valor investido em CDB, RDB, Poupança, LH, LC, LCI e LCA será devolvido até o limite de cobertura de R$ 250 mil por instituição, com um teto global de R$ 1 milhão que é renovado a cada 4 anos. Para saber mais visite a página do FGC.
Agências de Ratings
Outra forma de avaliar os investimentos em títulos privados é por meio dos ratings, que nada mais são do que notas que agências especializadas em crédito, como a Fitch, Moody’s e S&P, dão para instituições, permitindo ao investidor que entenda se é seguro, ou não, investir em determinada instituição. Geralmente essa nota vem em forma de letras, sendo AAA mais alta e D a mais baixa: nesse último caso o risco de calote é bem alto.
Quais os custos para se investir em títulos privados?
O ponto positivo é que quando você investe diretamente em títulos privados geralmente não há taxa de administração, exceto se você fizer isso por meio de fundos de investimentos.
Há incidência de IOF nos 30 primeiros dias e imposto de renda de acordo com a tabela regressiva, que começa em 22,5%, nos primeiros seis meses, e vai até 15% aos 2 anos. Quanto mais tempo você permanece no investimento menos imposto você paga.
Existem também título privados com incentivo fiscal, isentos de imposto de renda, como, por exemplo, as LCI, LCAs, CRIs e CRAs. Isso acontece porque esses investimentos direcionam os recursos para o setor imobiliário e de agronegócio, e o Governo, como forma de fomentar a economia e incentivar esses setores, isenta esses investimentos de impostos.
E como saber se é mais vantajoso investir em um CDB que tem incidência de imposto de renda ou em uma LCI que não tem imposto de renda? Isso você vai aprender aqui no Space Money, nas minhas próximas colunas!
Rentabilidade!
Nos títulos privados a rentabilidade pode ser pré-fixada, pós-fixada ou híbrida.
No caso da rentabilidade pré-fixada você saberá no momento da aplicação qual será a rentabilidade anual que irá obter com o investimento mantido até o seu vencimento. Para saber mais leia meu último artigo aqui no Space Money.
Já na modalidade pós-fixada a rentabilidade flutua de acordo com um indexador, que geralmente é o CDI ou IPCA (inflação oficial utilizada pelo governo).
Por sua vez, no caso de ser híbrida, há um mix entre a rentabilidade pré e pós fixada.
Esses investimentos podem ter liquidez (disponível para resgate a qualquer tempo) ou não ter liquidez (não disponível para resgate a qualquer tempo). Isso é decidido no momento da aplicação, portanto fique atento.
Nos nossos próximos encontros vou começar a explicar título por título, e vou começar pelo mais famoso deles, o CDB. Te espero, hein!
Até lá.