O Halloween, ou Dia das Bruxas, é um dia de celebração em vários países ao redor do globo. Sua origem está ligada aos celtas, mas as tradições de organizar festas temáticas, pedir doces nas casas, se fantasiar e decorar abóboras surgiu nos Estados Unidos.
A tradição norte-americana é tamanha que, segundo a Agência Brasil, em 2017, a data movimentou aproximadamente US$ 9 milhões na economia estadunidense. Em média, os norte-americanos gastam US$ 86, cerca de R$ 284, com produtos, como decorações, trajes e doces.
Alguns artistas promovem festas gigantescas para comemorar a data. A modelo e apresentadora Heidi Klum faz sua festa particular de Halloween anualmente e, na edição de 2016, segundo a revista Glamour, desembolsou R$ 32 milhões em sua fantasia.
Que medo!
A SpaceMoney aproveitou o Halloween para lembrar que o mundo dos investimentos também pode ser assustador. Escolhas erradas podem gerar grandes sustos!
Por isso, confira a seleção que fizemos dos ativos que apresentaram maiores oscilações e desvalorizações em 2019, que geraram um verdadeiro ano de terror aos investidores!
1- Fundos DI
Os Fundos DI, ou Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, são um tipo de aplicação que aloca no mínimo 95% do patrimônio em títulos públicos federais do Tesouro Direto (atrelados ao CDI ou Selic) ou em títulos privados de baixo risco.
Por conta dessa política de distribuição de dinheiro já pode-se ter uma ideia do motivo pelo qual esses fundos estão com performances muito baixas em 2019. Em uma amostra criada pelo portal Minhas Economias, nos últimos 12 meses apenas um Fundo DI conseguindo superar o CDI, que atualmente está acumulado em 5,12% desde janeiro de 2019.
Na amostra do portal, 38 fundos DI foram analisados. De acordo com o levantamento, apenas oito deles superaram a rentabilidade da poupança ajustada pelo Imposto de Renda. Entretanto, apenas um conseguiu superar o CDI no período dos últimos 12 meses.
2- Fundos de Renda Fixa
Assim como os Fundos DI, os Fundos de Renda Fixa são investimentos que possuem um percentual definido para alocar suas cotas em aplicações de renda fixa. A maioria dos fundos destina 80% do patrimônio para títulos do tesouro e CDBs.
Na mesma amostra do exemplo anterior pode-se observar que alguns dos principais fundos de renda fixa do mercado, como o Caixa FIC Absoluto e o Votorantim FI, conseguem superar a poupança e o CDI. Entretanto, as performances não são tão exemplares. Dos 58 fundos analisados, 34 conseguiram superar a rentabilidade ajustada da poupança no período de 12 meses. Contudo, apenas 17 obtiveram rendimento superior ao CDI, que acumula valorização de 5,12% no ano.
3- CDBs, LCIs e LCAs com rentabilidade inferior a 100% do CDI
Os CDBs, as LCIs e LCAs são bons investimentos para quem procura aplicações que ofereçam segurança e rentabilidade no longo prazo. Contudo, com o atual cenário de juros baixos que gerou um CDI menos vantajoso, essas aplicações precisam ser bastante estudadas.
Há CDBs no mercado que oferecem um retorno de 85% do CDI em 3 anos. Se você aplicar nesse ativo, terá um Halloween de 792 dias em suas finanças. Isso porque, ao utilizar o valor acumulado do CDI desde janeiro até outubro de 2019, ou seja, 5,12%, uma aplicação que devolve 85% do CDI trará um retorno de apenas 4,35% sobre o valor aplicado. Assim, se o investimento devolve 100% do CDI é mais vantajoso.
4- Poupança
A poupança não faz os olhos do investidor brilharem há tempos. No último 30 de outubro, o Banco Central do Brasil cortou a taxa básica de juros em 0,5%. Assim, a Selic agora rende 5% ao ano. Com essa queda, a poupança também reduziu o seu rendimento porque, pela atual regra do Bacen, quando a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% sobre o valor que o investidor deposita mais a Taxa Referencial (TR).
Contudo, a regra também diz que quando a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança passa a render apenas 70% da Selic mais a TR. Atualmente, a TR está com valor próximo a 0%.
Dessa forma, hoje a poupança está devolvendo aos investidores 3,5% ao ano. O rendimento mensal equivale a 0,28%. Esses valores são muito inferiores a outros investimentos do mercado.
5- Ações da Gafisa
A Gafisa (GFSA3), uma das empresas líderes do mercado imobiliário brasileiro, acumula perda de 63,53% em 2019.
A grande baixa da construtora pode ser explicada por seus últimos dados divulgados. A Gafisa encerrou o ano de 2018 com dívida de R$ 889,4 milhões. Entre aqueles que precisam ser pagos estão o banco Itaú, o banco Santander, Bradesco e alguns family offices.
Além disso, no segundo trimestre de 2019, seu prejuízo ficou 49%, chegando a R$ 12,7 milhões.
6- Tesouro Prefixado 2021
O Tesouro Prefixado é aquele que o investidor receberá os juros que renderam sobre a aplicação no vencimento do título ou quando solicitar o resgate. Nesse tipo de investimento o aplicador sabe exatamente o retorno do título.
Atualmente, o Tesouro Prefixado 2021 acumula um retorno de 9,46% em 2019. A rentabilidade bate a poupança e o CDI. Contudo, o Ibovespa acumula 22,02% desde janeiro até outubro deste ano. Assim, o título público fica bastante atrás.
7- Papéis da VIVR3
A Viver Incorporadora e Construtora S.A. estendeu o seu Halloween para todos os meses de 2019. Segundo o ranking do GuiaInvest, suas ações acumulam desvalorização de 67,87% até o momento.
Atualmente, a companhia passa por um processo de recuperação judicial. O pedido foi feito após sua dívida somar cerca de 1 bilhão de reais.
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