Muitos investidores ficam ansiosos quando o percentual desejado para cada classe de ativos ultrapassa o ideal. Pensam no que pode ser feito para atingir o padrão desejado. Se você também tem essa dúvida, precisa saber sobre o rebalanceamento de carteira.
Com isso, é possível fazer com que a carteira esteja de acordo com a estratégia pensada, aumentando as chances de lucratividade em longo prazo, bem como de diminuir as perdas em caso de grandes oscilações.
Nesta Spacedica, você entenderá o que é o rebalanceamento, qual a importância dele, quando e como fazê-lo. Quer saber mais? Então, veja tudo o que preparamos para você. Boa leitura!
O que é o rebalanceamento de carteira?
Rebalancear a carteira de investimentos é, de maneira simples, fazer o ajuste dos percentuais que os ativos têm na carteira, para que os mesmo fiquem de acordo com a estratégia traçada. Isso porque, geralmente, investidores de perfil conservador devem ter um percentual menor de renda variável em sua carteira do que aqueles com perfil agressivo.
Uma prática de rebalanceamento comum é vender os ativos que tiveram uma rentabilidade acima do esperado (ou seja, que estão em alta no momento) para comprar outros em que o lucro ficou abaixo do desejado (estão em baixa), fazendo com que a alocação original esteja no patamar almejado.
Qual a importância do rebalanceamento de carteira?
A carteira de investimento fica alinhada ao seu perfil de investidor e de risco. Além disso, há chances para que retornos maiores aconteçam em longo prazo. Por fim, também é um fator para prevenir que o investidor compre ações em alta e venda quando estão em baixa.
Veja agora como as vantagens acima funcionam em detalhes.
Manter o risco da carteira
Como você viu, o rebalanceamento é uma das maneiras para que o risco da carteira fique no nível mais adequado para o investidor.
Para ficar claro, imagine um investidor que está em um país que vive grande crescimento, fazendo com que os mercados tenham boas performances. Nesse sentido, os ativos em renda variável se valorizaram mais se comparados aos de renda fixa.
Com isso, uma carteira que alocava 50% em títulos públicos e 50% na bolsa de valores poderia estar com 75% na bolsa e apenas 25% nos títulos, ficando fora da proporção determinada anteriormente. Caso nada fosse feito, a carteira ficaria mais arriscada do que o desejado. Vale lembrar que as oscilações podem aparecer e derrubar mercados. Nesse caso, quem não tivesse feito o rebalanceamento teria um prejuízo maior do que quem tivesse realizado.
Aumentar a rentabilidade
Além de evitar operar fora do risco almejado, o rebalanceamento é útil para conseguir maior rentabilidade em longo prazo. Isso depende, principalmente, da disciplina de fazer o balanceamento e evitar que os erros, que são frequentemente cometidos pelas emoções, sejam praticados. Tais falhas podem ser minimizadas se o investidor usar critérios claros para vender e comprar.
Diminuir a chance de comprar em alta e vender em baixa
Há uma tendência entre os investidores de comprar quando muitas pessoas já estão ganhando e fugir quando a perda está acontecendo. Com isso, eles acabam comprando em alta e vendendo quando está em baixa.
Isso se deve por demorarem a investir nas ações que estão na moda, em busca do melhor investimento. Dessa maneira, pegam o momento de auge do papel, pagando mais para entrar no final. Em vez de conseguir colher os benefícios da alta rentabilidade, eles começam o movimento que, muitas vezes, inicia uma queda forte no valor. Com isso, ficam desesperados e pegam um preço inferior com medo de perderem ainda mais.
Quando realizar o rebalanceamento de carteira?
O ideal é que o rebalanceamento aconteça sempre que o mercado oscilar. Entretanto, os custos para fazer as transações dos ativos fazem com que essa prática seja difícil de ser realizada. Por isso, o rebalanceamento precisa ter como foco a redução de custos. De outro modo, a rentabilidade poderia ser prejudicada, contrariando um dos motivos mais importantes para o investimento.
Dessa maneira, uma das principais metodologias é o “rebalanceamento período”, em que a operação é feita em períodos definidos, independentemente de quanto foi a oscilação nos ativos. Pode ser feita mensal, semestral e até anualmente.
Um dos problemas dessa prática é que nem sempre a variação é interessante o suficiente para que o rebalanceamento seja feito. Além disso, bons momentos podem ter sido perdidos por não acontecerem na faixa do ano destinada.
Outro método de rebalanceamento é o chamado “por faixas”. Nesse caso, são colocados limites para a oscilação dos percentuais de ativo. Dessa maneira, em vez de usar períodos determinados para fazer o processo, utiliza-se um limite de tolerância. Assim, o rebalanceamento só acontecerá quando o intervalo for ultrapassado.
Você pode estipular, por exemplo, que o investimento poderá oscilar apenas 20% para baixo ou para cima. Além disso, será feito o rebalanceamento. Se o percentual desejado é de 50% de ações na carteira, o limite aceitável estará entre 40% e 60%.
Como fazer o rebalanceamento de carteira?
Agora que você já viu os benefícios de fazer o rebalanceamento e quais as metodologias para realizá-lo, é a hora de entender como ele é feito, já que há custos de transação e de Imposto de Renda, impactando a rentabilidade que a carteira terá.
Há, porém, formas para conseguir diminuir os custos do procedimento. Isso pode ser feito reinvestindo cupons e dividendos. Além disso, é possível fazer novas aplicações. Dessa maneira, o novo dinheiro é direcionado para os ativos que estão com menor participação, sem que nenhum ativo seja vendido.
Agora que você sabe sobre o rebalanceamento de carteira, é hora de começar a se planejar para escolher qual a melhor metodologia a ser seguida. Com isso, a tendência é que você mantenha o risco adotado e consiga melhores resultados. Para tanto, estude o máximo possível para entender quais são os melhores momentos para comprar e vender suas ações.
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