O atual cenário econômico brasileiro apresenta-se estagnado, com uma inflação (IPCA) em 12 meses de 2,89%, a menor taxa básica de juros (Selic) da história do país, de 5,5% ao ano, e projeção do PIB para esse ano na casa de 0,88%.
O mercado espera mais cortes na Taxa Selic até o final deste ano, com o objetivo de estimular a economia, afinal ainda temos mais de 12 milhões de desempregados. Portanto, a projeção para a Selic ao final de 2019 é de 4% ao ano, conforme o último boletim Focus, de 21/10/19.
Por um lado, temos uma economia controlada, o que nos permite acreditar que tudo está sendo preparado para que no próximo ano possamos ver um crescimento econômico mais relevante; inclusive, quando analisamos a história econômica do país, toda vez que saímos de uma recessão, nos anos seguintes entramos em um ciclo de recuperação, para depois ingressarmos em ciclo de crescimento e prosperidade.
Por outro lado, temos investidores acostumados com o país dos juros altos, onde um dia já foi possível ter uma rentabilidade de 1% ao mês em investimentos de baixo risco e alta liquidez.
Essa realidade de país de juros altos mudou completamente, vide o CDI atual, em 0,44% ao mês. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas estamos evoluindo para taxas de juros de país de primeiro mundo, como nos EUA, por exemplo, onde a taxa de juros básica do país está entre 1,75% a 2% ao ano, o que é muito positivo!
Mas o que os investidores brasileiros neste momento mais querem saber são alternativas de investimentos mais rentáveis, e o primeiro passo para isso é conhecer as alternativas existentes, não é mesmo?
Como afirma Benjamim Franklin: “Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros”
Após traçar esse panorama do atual cenário econômico brasileiro, quero lhe afirmar que a minha coluna aqui no Space Money tem o objetivo de apresentar todas as alternativas existentes de investimentos, de uma forma simples e direta, para você ter o poder de escolher os melhores investimentos de acordo com o seu perfil e objetivos.
Já fizemos aqui uma série de colunas sobre o Tesouro Direto, e agora estamos desvendando os títulos privados. Inclusive, semana passada falamos sobre as vantagens do CDB que, com certeza, depois da poupança é o investimento mais conhecido dos brasileiros.
Portanto, hoje chegou a vez da não tão famosa, mas não menos importante Letras de Câmbio!
Qual a principal diferença entre o CDB e as Letras de Câmbio?
As Letras de Câmbio são títulos de renda fixa emitidos por financeiras, enquanto os CDBs são emitidos por bancos. E essa [e a principal diferença entre eles.
A LC é uma modalidade de investimento em renda fixa (se você não sabe o que é renda fixa, leia o meu artigo aqui no Space Money) e não tem nada a ver com moedas — como muitos pensam –, e sim com ação cambial.
Mas o que é ação cambial?
No momento da aplicação em Letra de Câmbio o dinheiro é trocado por um título e, no futuro, o detentor do título (investidor) troca esse título por dinheiro novamente, com juros.
Inclusive, você possivelmente já utilizou a ação cambial sem nem saber disso: cheque, nota- promissória e duplicatas também são consideradas ação cambial.
Outras características das Letras de Câmbio:
As LCs podem ter sua rentabilidade pré-fixada, pós-fixada ou atrelada à inflação: isso é acordado no momento do investimento. Muita atenção porque esses títulos podem ter liquidez diária ou não ter liquidez diária.
As LCs Têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito em até R$ 250 mil, considerando todos os investimentos que você tiver na instituição financeira, com o teto global de
R$ 1 milhão. Para saber mais, conheça o site do FGC.
E o imposto de renda incide sobre a rentabilidade, de acordo com a tabela regressiva (22,5% a 15%).
Viu como a Letras de Câmbio é mais uma alternativa para diversificar seus investimentos e muito mais simples do que você imagina?
Na próxima semana, dando continuidade às colunas sobre títulos privados, vou falar sobre os títulos que possuem isenção de imposto de renda, como LCI e LCA. Você não pode perder!
Até lá!