O cuidado adequado com as finanças pessoais é essencial para ter segurança, tranquilidade e bons resultados. Ao mesmo tempo, não basta pensar em meios de gastar menos do que se ganha. Muitas situações imprevistas acontecem no cotidiano e o melhor modo de lidar com elas é se estivermos preparados. Para tanto, constituir uma reserva financeira é fundamental.
Essa ferramenta vai ajudá-lo em diversos cenários e evitará alguns problemas. Com as dicas certas para criar uma, é possível potencializar seus resultados e aproveitar toda a segurança que ela oferece. Pensando nisso, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber antes de começar a sua. Quer aprender o que fazer? Continue a leitura desta Spacedica e confira!
O que é a reserva financeira?
Ter um bom planejamento financeiro pessoal é essencial para conquistar segurança e bons resultados. Entre os recursos indispensáveis para concluir essa tarefa está a reserva financeira.
Trata-se de uma ferramenta capaz de oferecer segurança e solidez para as finanças. Ela consiste em um dinheiro que é “acumulado” e separado para situações atípicas e pontuais. Os valores são utilizados em momentos específicos para garantir que o orçamento não seja comprometido.
Qual a importância da reserva financeira?
Montar uma reserva financeira é uma forma de obter planejamento, segurança e bons resultados no cotidiano. Podemos dizer que ela funciona como uma “rede” de proteção, especialmente diante de situações imprevistas. Com esses recursos, o dia a dia é simplificado.
Mais que apenas ser um acúmulo de dinheiro, esse elemento traz diversos benefícios. A seguir, mostramos o que justifica a sua importância. Confira!
Evita o endividamento
Quando um gasto imprevisto surge no horizonte, muita gente termina endividada. Afinal, gasta-se mais que o valor recebido no mês e o resultado é uma bola de neve financeira. Com isso, é difícil administrar o dinheiro.
Com a reserva financeira, por outro lado, isso é algo que não ocorre. Como se trata de um direito “extra”, os gastos acontecem à parte do orçamento. Desse modo, as chances de terminar endividado são menores.
Aumenta o nível de tranquilidade
Montar uma reserva financeira também tem a ver com a segurança e com o sossego. Saber que você tem a ajuda necessária para qualquer situação torna o cotidiano muito mais tranquilo.
Mesmo que um cenário imprevisível ou até indesejável ocorra, o dinheiro não se torna o problema principal. Principalmente para as famílias, essa é uma forma de ter a certeza de que todas as demandas sempre serão atendidas.
Favorece a construção de patrimônio
Construir patrimônio também tem a ver com a segurança. Graças a essa ação, podemos reunir os valores necessários para cumprir tarefas ou realizar sonhos. Desse modo, fica mais fácil chegar aos pontos que tanto desejamos. No entanto, é difícil montar um patrimônio se os imprevistos sempre surgem no caminho.
Com a reserva, você consegue destinar o valor para ocorrências atípicas, ao mesmo tempo em que monta o patrimônio. No final, é possível alcançar seus objetivos e manter a segurança, sem ter de abrir mão de um pelo outro.
Ajuda a conquistar a independência financeira
Principalmente, a reserva financeira é uma condição importante para alcançar a independência. Esse valor à parte é essencial para atender certas exigências sem que o restante da estratégia seja comprometido.
Com disciplina e uma atuação adequada, é simples criar as estruturas para alavancar o patrimônio. Será mais fácil tomar algumas decisões, já que existe essa rede de segurança. Com o tempo, o orçamento ganha a liberdade necessária e consolida-se a independência financeira.
Como fazer uma reserva financeira?
Agora que já sabemos a importância dessa ferramenta, é essencial saber como construí-la e usá-la. O planejamento é a chave do sucesso, assim como acontece com qualquer outro processo ligado às finanças.
Seguir alguns passos é a melhor maneira de simplificar as etapas e de aumentar as chances de êxito. Na sequência, descubra como fazer uma reserva financeira!
Ajuste a saúde da vida financeira
Não adianta tentar criar uma reserva se o seu orçamento estiver de pernas para o ar. Por isso, a dica é começar ajustando a sua vida financeira. Tente se livrar das dívidas ou, ao menos, troque as mais caras por outras baratas.
Considere pedir um crédito pessoal para quitar a dívida do cartão de crédito, por exemplo. Assim, você evita a taxa de juros muito alta. Mas tenha atenção: coloque tudo na ponta do lápis antes de tomar a decisão.
Tornar tudo mais estruturado aumenta a previsibilidade e o planejamento, o que vai ajudar bastante na construção da reserva.
Defina o tamanho ideal para a reserva financeira de emergência
Em seguida, é o momento de decidir quanto terá de economizar para a sua reserva. Nesse sentido, é preciso considerar seu padrão de vida e até características referentes ao seu emprego.
A média é que a reserva financeira tenha, no mínimo, 3 meses dos valores de todos os seus ganhos. Assim, você pode se manter por esse período sem qualquer fonte de renda.
Se tiver família, especialmente com crianças, o total deve passar para 4 ou 5 salários mensais. Se trabalhar de maneira autônoma ou liberal, a reserva deve ser maior e pode variar de 6 a 12 salários. Com uma reserva maior, você terá mais segurança, então vale considerar isso.
Mude hábitos e comece a economizar
Depois que souber o tamanho da reserva, é recomendado estabelecer algumas metas de economia. Em geral, guardar de 10% a 15% do salário já ajuda a construir valores interessantes ao longo do tempo. Se quiser diminuir o tempo necessário para consolidar a ferramenta, vale aumentar a meta.
Inclusive, vale a pena guardar parte dos valores extras que entrarem em seu orçamento. Quando receber o montante referente às férias, o 13º ou qualquer ganho extra, guarde a mesma proporção. Assim, seus resultados serão melhores.
Com o planejamento em mãos, é hora de mudar alguns hábitos para começar a economizar. Passe a controlar ganhos e gastos e tente eliminar ou reduzir os supérfluos. Além disso, vale a pena fazer trocas inteligentes e negociar descontos. Quando for realizar compras, prefira o pagamento à vista e evite novas dívidas.
Com uma mudança na maneira de agir, é possível fortalecer o orçamento e fazer com que ele favoreça a construção da sua reserva.
Invista corretamente o dinheiro
Mais que apenas juntar o dinheiro, é preciso fazer com que ela renda. Para tanto, o ideal é buscar formas de investir o recurso aplicado. Com isso, você consegue vencer a inflação e manter o poder de compra.
Também é um modo de ajudar a alavancar o valor e fazê-lo crescer, mesmo que a taxas menores. Desse modo, é possível alcançar os objetivos e obter todo o nível necessário de segurança.
Onde investir dinheiro para a reserva financeira?
Como dissemos, aplicar os recursos é essencial para proteger o seu “colchão” de segurança financeira. Vale a pena considerar que tipo de investidor você é, mas sem se esquecer do objetivo da escolha.
Como a intenção é apenas criar um fundo de emergência, o melhor é recorrer a opções seguras e com boa liquidez — ainda que com ganhos menores. A renda fixa é a melhor decisão, porque evita perdas e permite fazer retiradas em menor período.
Ao mesmo tempo, tenha cuidado e não ache que a poupança é a melhor (ou a única) alternativa. Para evitar essas dúvidas, trouxemos algumas das melhores opções de investimento para a reserva financeira. Confira!
Tesouro Direto
Investir no Tesouro Direto significa aplicar em títulos públicos e com rentabilidade variada. Você pode recorrer a possibilidades prefixadas ou pós-fixadas (e que são melhores em termos de liquidez, que é diária).
Além da versão com taxas definidas no momento do contrato, também pode escolher o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros da economia. O valor é tributado pela tabela regressiva do Imposto de Renda. Então, se você retirar antes de 180 dias, pagará mais que após 720 dias, por exemplo. Ainda assim, é uma opção interessante para sua reserva.
CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) permite aplicar em bancos de pequeno, grande e médio porte. Quanto menor o tamanho da instituição, maior é o risco, mas maiores são os ganhos. Como há a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em R$ 1 milhão por CPF, a alternativa é segura o bastante.
O rendimento acontece segundo uma porcentagem do CDI, que fica um pouco abaixo da Selic. Há opções que pagam de 90% do CDI até mais de 120% — vale a pena ficar de olho nas ofertas. Também há alternativas prefixadas para quem busca segurança extra.
Quanto à liquidez, é possível resgatar os valores antes do tempo, mas também há a cobrança de IR regressivo.
Fundos DI
Os fundos DI são opções interessantes de fundos de renda fixa e que aumentam a versatilidade do dinheiro da sua reserva financeira. Em geral, 95% dos recursos são aplicados no Tesouro Direto, enquanto o restante é dividido em outras possibilidades da renda fixa.
Vale a pena conferir o histórico de ganhos do fundo, já que alguns conseguem uma performance diferenciada e acima do mercado. No geral, a taxa cobrada é a de administração e corresponde a uma pequena parte do valor aplicado. A cobrança de IR costuma ser feita sobre os lucros, o que a torna mais interessante.
Além de tudo, é possível aproveitar um alto nível de liquidez. Então, você consegue retirar o dinheiro quando precisar, sem dificuldades.
Quando utilizar a reserva de emergência?
Por falar nessas situações de necessidade, é fundamental entender quando a reserva financeira pode ser usada. Isso ajuda a manter seu orçamento em ordem e garante o nível esperado de segurança.
O valor só deve ser utilizado quando, realmente, houver uma emergência. Um conserto no imóvel é indispensável, mas talvez não a troca de piso. Da mesma forma, as compras devem ser urgentes e necessárias e não apenas fruto de um interesse ou “oportunidades imperdíveis”.
Para entender melhor, trouxemos algumas situações em que é recomendado utilizar a reserva financeira.
Perda de renda
Se você ou o cônjuge for demitido ou sofrer uma grande redução na renda, a reserva de emergência serve para garantir que as contas permaneçam em dia. O mesmo vale quando você tem um imóvel alugado e ele se torna vago ou quando um valor de renda extra deixa de entrar.
No entanto, tenha alguns cuidados com o uso da reserva. Se tiver sido demitido e tiver direito ao seguro-desemprego, tente recorrer ao montante somente após o fim do benefício. Além disso, é importante ajustar seu padrão de vida, em vez de simplesmente mantê-lo com a reserva. Use-a como um apoio e não como uma substituição comum de renda, até porque ela tem um valor limitado.
Gastos com saúde
Mesmo com plano de saúde ou certas assistências, é comum ter de gastar com saúde de forma imprevista. A compra de remédios, a realização de exames e até de algumas cirurgias podem ser casos urgentes. Para tanto, vale recorrer à reserva financeira.
Novamente, vale ter cuidado. Se a cirurgia é estética ou se o medicamento não é realmente urgente, o ideal é incluí-los no seu orçamento e fazer um planejamento. Com isso, o valor guardado fica disponível para questões atípicas.
Reparos ou manutenções extras
Outro caso recomendado para o uso tem a ver com a necessidade de pagar reparos, consertos ou manutenções imprevistas. Se o seu carro quebrar e você precisar dele para o trabalho, o conserto é urgente. Se tiver um vazamento em casa ou um eletrodoméstico deixar de funcionar, também será necessário corrigir a questão.
Para não ter erros, veja se os valores não cabem no seu orçamento atual. Quanto menos puder retirar da reserva financeira (sem que isso signifique ficar com dívidas), melhor.
De qualquer forma, só não se esqueça de repor os custos. Mesmo que invista o montante, é essencial sempre repor os gastos — afinal, nunca sabemos quando outra emergência acontecerá. Desse modo, você se mantém sempre protegido.
Montar uma reserva financeira é uma das melhores decisões para tomar a favor do seu orçamento. Com as nossas dicas, saberá como juntar e usar o valor necessário para o seu cotidiano.
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