Você quer diversificar seus investimentos? Então, você precisa conhecer como funciona o COE (Certificado de Operações Estruturadas). Misturando elementos de renda fixa e variável, ele pode permitir a segurança existente na renda fixa com a rentabilidade superior encontrada nos títulos de renda variável.
Neste post, você entenderá em detalhes o que é COE, quais são os índices e ativos mais utilizados, onde pode encontrá-lo, qual é o tempo mínimo de aplicação, bem como a incidência de juros e taxas. Por fim, descobrirá se o seu perfil de investidor é parecido com o desejado para esse tipo de aplicação.
Quer decidir se o COE é para você? Então, acompanhe agora nossa Spacedica. Boa leitura!
O que é COE?
COE é uma sigla para Certificado de Operações Estruturadas. Ele é um título emitido pelos bancos, tendo a rentabilidade relacionada com variações de ativos financeiros, como moedas, ações e índices.
Uma das características mais marcantes é a facilidade para investir e acompanhar os resultados. Você faz um cenário e decide em que mercado apostar. A partir disso, é necessário acompanhar apenas o indicador escolhido. Caso ele opere na positividade, a rentabilidade será interessante, se comparada com as existentes em renda fixa.
Alguns exemplos são:
- inflação;
- ativos internacionais;
- juros;
- ações e índices;
- moedas;
- commodities.
Como funciona o COE?
Embora muitas pessoas possam achar complicado, o COE é simples: um cenário futuro para um ativo é traçado, como inflação, ações ou mesmo dólar. Quando a pessoa investe, acredita que o ativo terá aumento ou diminuição no preço.
Se a previsão do investidor se confirmar, ele receberá o valor de rentabilidade descrito no índice de referência no vencimento do papel. Existem, também, tipos de COEs que contam com a possibilidade da proteção do capital investido. Dessa maneira, caso a projeção não seja confirmada, o valor principal será mantido, diminuindo o risco da aplicação.
O banco é o responsável pela seleção da estrutura de cada COE, podendo até mesmo combinar características próprias da renda variável e fixa. Assim, esse tipo de investimento pode ser considerado como bem flexível. Com isso, torna-se possível diversificar as aplicações, usando ativos com maior risco, sem precisar investir diretamente nas ações desejadas, como o dólar.
Onde encontrar?
Anteriormente, o COE podia ser adquirido apenas por investidores com alto poder aquisitivo. Agora, é possível encontrá-lo tanto em bancos quanto em corretoras e distribuidores de valores mobiliários e títulos.
Qual é o tempo mínimo de aplicação?
A possibilidade de oferta varia de acordo com o banco escolhido e com a operação. Entretanto, o prazo mínimo de vencimento, normalmente, oscila entre 3 meses e 1 ano. É comum que você tenha que esperar o vencimento para retirar seu dinheiro. Mesmo em casos em que é possível fazer retiradas, a tendência é que a rentabilidade seja menor e será possível até mesmo perder dinheiro.
A recomendação, por isso, é sempre ler o Documento de Informações Essenciais (DIE). Com ele, é possível entender todas as regras do produto que adquiriu, sabendo quais são os cenários em que você ganha e perde. Além disso, você saberá com detalhes quais são os fatores de risco e as principais características.
Quais são os riscos?
Falando em risco, é importante considerar o de crédito existente. Nessa modalidade, não há proteção do FGC (Fundo Garantido de Crédito), responsável por bancar o saldo da aplicação em diversas aplicações de renda fixa, como a poupança e CDBs.
Qual é o Investimento mínimo?
O investimento mínimo a ser efetuado depende da instituição bancária. Ainda assim, é possível encontrar COEs com valores a partir de 2 mil.
Qual é a incidência de impostos e taxas?
Veja agora quais são os impostos e taxas mais comuns nesse tipo de aplicação.
IR
A incidência de Imposto de Renda tem uma tabela regressiva que é válida para os investimentos em renda fixa:
- aplicações com até 180 dias: 22,5%;
- aplicações com prazo entre 181 e 360 dias: 20%;
- aplicações com prazo entre 361 e 720 dias: 17,5%
- aplicações com prazo maior que 720 dias: 15%.
IOF
Além de perder liquidez, se você fizer uma retirada antes de 30 dias, haverá o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Taxas
Também é bom ficar de olho nas taxas que a instituição cobrará. É comum que distribuidoras e corretoras cobrem taxas de custódia (que é um percentual para guardar o dinheiro que você aplicou), além de comissões que consomem parte do rendimento obtido.
Qual é o perfil do investidor?
Quem normalmente escolhe pelo Cerificado de Operações Estruturadas normalmente gosta, ao menos de forma moderada, dos riscos. Por um lado, é possível ter um retorno acima do que normalmente é obtido pela renda fixa. Por outro, é possível perder todo o rendimento empregado. É interessante ter aplicações com garantia de rentabilidade e de boa liquidez presentes na sua carteira de ações.
As pessoas optam pelo COE por ser um investimento que proporciona rendimentos acima do que é encontrado na renda fixa e não tem muitas complicações e riscos encontrados no Mercado de Capitais.
Como de praxe, é necessário fazer uma análise do perfil de investidor para entender se o produto é adequado às suas pretensões. Se você achar que pode ganhar mais com opções de maior risco, lembre-se de que é possível colocar parte ou todo o capital em risco, escolhendo o tipo Valor Nominal em Risco. Se, entretanto, você não quer correr riscos, escolha a modalidade Valor Protegido.
Caso tenha o perfil moderado/agressivo ou agressivo, talvez as melhores opções para você estarão na renda variável. Embora existam mais riscos, você também terá maior rentabilidade.
Agora que você sabe como funciona o COE, é hora de decidir se esse tipo de aplicação é para você. Vale lembrar que nenhum investimento deve ser realizado de maneira intempestiva. Você deve saber quais são os prós e contras, além de encontrar as possibilidades com taxas mais atrativas. Por isso, pesquise todas as opções existentes antes de tomar sua decisão.
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