A previdência privada é uma opção segura de investimento para quem deseja garantir uma aposentadoria tranquila e com mais qualidade de vida. Isso porque a aposentadoria social oferecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apresenta teto de recebimento, que pode comprometer a renda familiar e trazer dificuldades financeiras. Com a previdência privada esse tipo de problema não existe, uma vez que os investimentos são oferecidos por bancos e instituições financeiras, e portanto não seguem as mesmas regras da opção pública. Existem muitas dúvidas referentes ao tema, por isso, neste artigo vamos falar sobre o assunto e esclarecer questões importantes sobre as características da previdência privada. Convidamos você a continuar a leitura e acompanhar!
O que é previdência privada?
A previdência privada é um tipo de aposentadoria diferente da oferecida pelo INSS. Ela é uma boa alternativa para complementar a renda e tem regras próprias para sua contratação. A fiscalização de todo o setor que comercializa os planos de previdência privada é feita pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é o órgão governamental responsável pela regulamentação desse mercado. Os planos de previdência privada são acessíveis ao público em geral, de acordo com as regras de cada instituição. Não existe um valor fixo a ser pago, nem a contribuição é obrigatória. O tempo de resgate, porém, vai depender do valor acumulado ao longo dos anos.
Quais são as vantagens da previdência privada?
Uma das principais vantagens da previdência privada é a segurança do investimento, com uma rentabilidade melhor que a da poupança tradicional. Outro ponto relevante é a possibilidade de fazer aportes adicionais ao valor acumulado, aumentando assim os rendimentos. Na previdência privada não existe teto de recebimento, como ocorre com a previdência pública. O período de investimento é dividido em duas etapas: a de acumulação de capital e a de renda. Na primeira etapa, é feita a poupança e investimentos, enquanto na segunda é feito o pagamento. A etapa de renda se inicia logo após o período de carência determinado no contrato. Independentemente do plano escolhido, a previdência privada é uma opção vantajosa para o complemento de renda depois de longos anos de trabalho.
Quais são as formas de tributação da previdência privada?
A cobrança do Imposto de Renda sobre o plano de previdência privada pode acontecer em duas modalidades diferentes, de acordo com o modelo escolhido pelo investidor. Confira, a seguir, as características de cada uma.
Tributação Regressiva
Na tabela regressiva, as alíquotas cobradas começam em 35% e vão caindo gradativamente ao longo do tempo. Na prática, essa tabela é vantajosa para investimentos de longo prazo, uma vez que acima de 10 anos a tributação é de 10% sobre o valor investido. A tabela regressiva segue a lógica:
- até 2 anos — 35%;
- 2 a 4 anos — 30%;
- 4 a 6 anos — 25%;
- 6 a 8 anos — 20%;
- 8 a 10 anos — 15%;
- mais de 10 anos — 10%.
Tributação Progressiva
Na tabela progressiva a lógica é a mesma da taxação sobre o salário, com variação de 0 a 27,5%. A menor alíquota é de 7,5%, cobrada para pessoas com rendimento entre R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65, enquanto a maior incide sobre salários maiores que R$ 4.664,68. Na hora do resgate ocorre o recolhimento de 15% na fonte, sendo possível fazer a compensação na declaração. A tabela regressiva segue a lógica:
- salário de até R$1903, 98 — isento;
- entre R$1903,08 e R$2826,65 — 7,5%;
- R$2826,65 e R$3751,05 — 15%;
- salário entre R$3751,05 e R$4664,48 — 22,5%;
- acima de R$4664,48 — 27,5%.
Quais são os modelos de planos de previdência privada?
Os planos de previdência privada podem ser de dois modelos diferentes: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Confira as características de cada um e escolha a melhor opção para o seu caso.
PGBL
No PGBL é possível abater do IR uma parte do valor investido, como limite de até 12% da renda bruta anual tributável. Dessa forma, é possível fazer o pagamento do imposto devido no momento do resgate, porém essa vantagem é oferecida somente para investidores que fazem a declaração completa do IR.
VGBL
Já o VGBL é indicado para quem é isento ou faz a declaração simples do IR. Nesse modelo, o IR incide somente sobre o rendimento do investimento e não sobre o valor total aplicado, como ocorre no PGBL. O VGBL também é viável para quem investe um valor superior a 12% da renda tributável anual, podendo inclusive ser usado como forma de realizar aportes complementares ao PGBL.
Por que é importante começar a investir cedo na previdência privada?
De modo simples, podemos dizer que a previdência privada funciona como uma espécie de poupança de longo prazo, em que os rendimentos futuros estão diretamente ligados ao valor acumulado com o passar dos anos. Na prática, isso significa que quanto antes o investidor começar as aplicações, maior será o período de acumulação, assim como o retorno. Outro ponto importante é que na previdência privada não existe uma idade mínima exigida para a aposentadoria, sendo assim, é possível se programar e parar de trabalhar antes do período estipulado pela previdência pública. Entre as dicas de investimentos relacionados à previdência privada está a da realização de projetos de longo prazo, como os pais que fazem o plano para os filhos ainda na infância para que, no futuro, eles possas cursar uma universidade com os rendimentos. Também é possível planejar viagens, festas e a compra de bens de alto valor, com tranquilidade e planejamento. Agora que você já sabe o que é e como funcionam os planos de previdência privada, pode analisar com calma e escolher a opção que melhor se encaixa à sua realidade. Quanto maior for a disciplina do investidor ao longo dos anos, melhores serão seus rendimentos no futuro, portanto, é preciso se organizar e começar o quanto antes. Gostou do conteúdo e quer saber mais sobre investimentos? Então conheça 6 séries e filmes que abordam o assunto com facilidade e entretenimento.