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Conheça os principais tipos de ações e como comprá-los na bolsa

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Imaginemos que você já tenha um conhecimento básico sobre educação financeira e queira se aventurar em outros investimentos: talvez a renda variável seja uma ótima oportunidade de ganhos. Por acaso você sabe quais são os tipos de ações que existem?

A bolsa de valores, que, no Brasil, é gerenciada pela B3, é um mercado no qual as pessoas e empresas negociam ações e outros produtos. É uma relação de oferta e demanda que norteia as operações, de maneira que os investidores escolham as melhores opções de acordo com os rendimentos que desejam.

Neste artigo, você entenderá um pouco melhor sobre o tema, desde o que é uma ação até as melhores práticas de compra e venda. Acompanhe a leitura e confira!

Afinal, o que é uma ação?

Diferentemente das debêntures, em que você se torna credor de uma empresa ao emprestar recursos para que ela se desenvolva ou pague dívidas, as ações representam um pedaço do capital social e transformam os investidores em sócios da companhia. As ações são chamadas de papéis, mas você não recebe nada físico na sua casa, pois todas as compras e vendas são negociadas de forma online.

Ao comprar uma fatia do capital de empresas S.A., você adquire a oportunidade de participar dos lucros, principalmente se a organização tiver a boa prática de distribuir dividendos aos seus acionistas. Vale ressaltar que as ações podem ser negociadas no mercado primário como oferta pública (IPO) ou por meio do mercado secundário, que costuma ser a forma tradicional de compra e venda entre os investidores.

Quais são os tipos de ações?

Se você já teve a curiosidade de visualizar notícias e cotações das bolsas de valores, é bem provável que tenha se perdido em um mundaréu de códigos de letras e números, não é verdade? Para que entenda melhor esse aspecto, veja, abaixo, as diferenciações dos tipos de ações e para que serve cada uma delas.

Ordinárias (ON)

Para quem tem a pretensão de ser um acionista ativo no conselho administrativo de uma empresa, a melhor opção são as ações ordinárias, pois, dependendo do volume de papéis comprados pelo investidor, elas dão direito a voto. São as ações mais comuns da bolsa de valores e têm como característica o número 3 no código do papel.

Quando uma companhia adentra à bolsa de valores, naturalmente apresenta as ações ordinárias, especialmente na governança corporativa de Novo Mercado. Vale ressaltar que, em caso de mudança do controle majoritário da empresa, por conta de fusões ou aquisições, os novos donos devem oferecer aos acionistas, no mínimo, 80% do valor que foi pago na negociação — esse é um mecanismo chamado tag along.

Preferenciais (PN)

Por sua vez, as ações preferenciais não dão direito ao voto nas assembleias, mas contam com uma vantagem bem interessante para aqueles acionistas que desejam se beneficiar do bom desempenho financeiro das empresas. Como o próprio nome já dá a entender, esse tipo de ação oferece preferência em relação aos lucros, sendo que, no Brasil, as empresas de capital aberto devem distribuir 25% dos resultados obtidos.

Normalmente, elas aparecem caracterizadas pelo número 4 depois do código da empresa, no entanto, existem casos especiais em que as companhias também podem utilizar números de 5 a 8. Essa personalização é uma forma de diferenciar os acionistas em relação à distribuição de dividendos, à restrição quanto à posse de papéis, à dimensão do poder acionário e assim por diante.

Units (UN)

Além das ações ordinárias e preferenciais, existem também as units, que, na bolsa de valores, servem como uma espécie de mescla de um determinado número dos dois tipos principais, formando um pacote acionário. A vantagem para o investidor é ter um pouco dos dois mundos ou seja, o direito a voto conforme o montante investido e a preferência por dividendos, juros sobre capital e bonificações diversas.

Assim como acontece com os fundos de investimento e de índices, as units são especificadas com o número 11, e a proporcionalidade de ações presentes em um desses pacotes dependerá muito dos objetivos da companhia. O Banco Inter, por exemplo, conta com uma ação ordinária (BIDI3) e duas preferenciais (BIDI4).

Quais são as classes de ações pela liquidez?

Tão importante quanto a divisão dos tipos de ações por ordinárias, preferenciais e units é a formação das carteiras pelo desempenho que as ações apresentam, o que pode influenciar a sua decisão quanto a depositar a sua confiança em determinadas empresas. A seguir, veja como funciona essa classificação pela liquidez.

Small caps

O primeiro grupo é composto por empresas cujo valor de mercado é mais simples, se o compararmos ao de uma organização de grande porte. Com isso, forma-se um índice que reúne ações ON, PN e units de baixa liquidez. Como por exemplo Lojas Marisa (AMAR3), Camil (CAML3), Marcopolo (POMO4) e Taesa (TAEE11).

Mid caps

Geralmente atrelada a companhias de médio e grande porte, a classe de mid caps está no meio termo das ações mais procuradas na bolsa de valores. A liquidez apresentada e o potencial de crescimento são mais atrativos do que os das Small Caps.

Dentro dessa carteira teórica, temos exemplos como Azul (AZUL4), Carrefour (CRFB3), Itaúsa (ITSA4) e Suzano (SUZB3).

Blue chips

Logicamente, as blue chips são a “menina dos olhos” dos investidores, pois apresentam os melhores resultados e costumam ter uma reputação econômica invejável. Embora não haja um índice específico, existe um consenso especulativo do mercado que elege as melhores, tais como Ambev (ABEV3), Petrobras (PETR4), Banco do Brasil (BBAS3) e Magazine Luiza (MGLU3).

Quais são os tipos de investidores em ações?

À medida que você se aprofunda no assunto de investimento em ações da bolsa de valores, surgem algumas estratégias de negociação para que aproveite as melhores ofertas e saiba como aplicar seu dinheiro. Cada pessoa tem as suas próprias metas, portanto, além de saber sobre os tipos de ações, veja, abaixo, o comportamento dos investidores que manipulam esses papéis.

Day trade

Fazendo uma breve analogia com relacionamentos, podemos qualificar os investidores que optam pelo day trade como as pessoas que gostam de algo sem compromisso. Eles costumam comprar e vender ações no mesmo dia.

Não há uma fidelidade quanto aos papéis, sendo que o objetivo é ganhar em cima da especulação de mercado.

Swing trade

Apesar de o pensamento ser um pouco parecido em relação ao tipo de investidor anterior, no módulo do swing trade, é como se a pessoa quisesse “namorar” aquela ação. Ele identifica até que ponto o investimento vale a pena.

Essa é uma modalidade em que a compra acontece em um dia. Mas a venda costuma ocorrer depois de um ou mais dias, chegando a durar até semanas, dependendo do momento econômico.

Buy and hold

Como era de se esperar, os investidores que optam pelo buy and hold aderem ao “casamento” com a ação. Eles visam mais os rendimentos a longo prazo e sabem que as empresas que compõem a carteira são escolhas fundamentadas.

De maneira geral, os investidores se preocupam em optar por marcas mais valiosas e que distribuem uma boa porcentagem de dividendos ao longo do ano.

Quais são as taxas e os preços envolvidos nas negociações da bolsa de valores?

Bom, agora você deve estar se perguntando quanto custa investir em ações?  Isso pode prejudicar o seu orçamento diário, mensal ou anual, não é verdade?

Apesar de haver pessoas que ainda acham que a bolsa de valores é só para quem tem muito dinheiro. Saiba que é possível investir a partir de valores totalmente irrisórios.

Em relação ao preço de mercado apresentado nas cotações de vários portais de notícias, você pode observar que há tipos de ações com preços entre 1 e 100 reais. Isso dependerá de fatores como volume de negociação, potencial de valorização, resultados de lucros etc.

Quanto às taxas mais comuns apresentadas pela B3 junto às corretoras de valores, podemos identificar as seguintes:

  • A taxa de corretagem — costuma ser cobrada pela corretora entre os processos de compra e venda de papéis, sendo que algumas optam por isentar os investidores desse valor;
  • Taxa de custódia — é como se a instituição financeira servisse como guarda-volumes, acomodando suas ações em segurança;
  • A taxa de emolumentos — valor cobrado pela B3 sobre a transação de compra e venda de ações;
  • O Imposto de Renda — os valores dependerão da operação efetivada, pois, no day trade, é cobrado 20% sobre qualquer lucro obtido, e, no swing trade, a taxa é de 15% caso o investidor ultrapasse a marca de R$ 20.000,00 em vendas.

Qual é o passo a passo para comprar ações?

Da mesma forma que você recorre a um manual de instruções quanto à montagem de um eletrodoméstico ou móvel, na hora de comprar ações, também é importante ficar de olho nos principais requisitos para não cometer gafes. Para que compreenda melhor, a seguir, veja um passo a passo do que precisa fazer para investir nos tipos de ações que citamos.

Escolha uma corretora

Esse é um passo fundamental para suas ambições na bolsa de valores. Tendo em vista que a escolha da corretora vai nortear a sua prática no Home Broker e o seu conhecimento a respeito dos gráficos.

Atualmente, existem 87 empresas capacitadas para custodiar suas ações na bolsa de valores, tais como XP Investimentos, Ágora e Ativa.

O cadastro costuma ser online, demandando apenas o preenchimento das informações pedidas. Caso necessário, deverá ocorrer o envio digital da documentação pessoal, algo como RG, CPF e comprovante de residência.

Depois disso, você terá de responder o teste de suitability. Ele consiste em um questionário para medir seu conhecimento e qualificar o seu perfil como conservador, moderado ou arrojado.

Envie dinheiro para a corretora

É muito importante que você tenha uma conta-corrente cadastrada. Você irá utilizá-la para transferir o dinheiro para as corretoras e, com isso, fazer as devidas aplicações financeiras em ações.

Esse procedimento pode ser realizado via TED de maneira muito rápida, seja por meio de um banco tradicional, seja mediante ao uso de fintechs de pagamento.

Vale lembrar que a organização quanto ao movimento da conta é muito importante para que você não corra o risco de ficar sem dinheiro para suas obrigações cotidianas. Portanto, controle a mão na hora de transferir. Em relação à segurança, se, porventura, uma corretora vier à falência, saiba que os seus papéis negociados estão devidamente guardados e registrados em seu CPF.

Entre na plataforma de investimentos

Agora chega o momento mágico de investir na bolsa de fato. Agora você estará com a faca e o queijo nas mãos para tomar as decisões que mais lhe convierem e projetar suas metas financeiras.

A customização do Home Broker pode variar bastante de uma corretora para a outra. No entanto, o conceito sempre é o mesmo e não exige movimentos complexos.

Digite o código de quatro letras da empresa + o número que representa as ações ON, PN ou unit para adquirir o lote padrão de, no mínimo, 100 papéis.

Caso queira menos do que isso, acrescente a letra F ao código para acessar o mercado fracionário. Além disso, lembre-se de cadastrar uma assinatura eletrônica no primeiro acesso e acompanhe a ordem emitida ao mercado até o status ficar como “executada”.

Como escolher as melhores ações?

Mexer com a renda variável pode ser muito prazeroso. Porém requer boas estratégias para que você não invista seu dinheiro em empresas consideradas verdadeiros micos em termos de desempenho.

O ideal é que você estude bastante o mercado financeiro. Consuma informações de todos os tipos por meio do YouTube, podcasts, portais de finanças ou assessorias de mercado de capitais.

A primeira coisa que precisa ter em mente é a finalidade que deseja para o investimento em ações. Afinal, aplicar o dinheiro simplesmente para acompanhar as cotações não levará a lugar algum.

Estude as empresas que tiveram crescimentos consideráveis nos últimos cinco anos, de modo que consiga traçar os ativos que estarão no seu radar para compra.

Também é relevante ficar de olho nas sinalizações e acontecimentos do mercado, isto é, acompanhar possíveis splits de ações, fatos relevantes, decisões legislativas, entre outros aspectos que podem influenciar as cotações da bolsa. Inclusive, tente se aprofundar quanto à análise de gráficos, pois isso será importantíssimo para saber o momento exato de compra ou venda dos títulos.

Para concluirmos, fica a recomendação de que você tenha consciência ao investir. Independentemente dos tipos de ações que escolha, afinal, toda aplicação tem seus riscos, e é preciso ponderar a quantia confiada para obter mais lucros do que prejuízos.

Se você gostou de saber um pouco mais sobre o assunto e acha que seus amigos também gostariam de conhecer o mundo da renda variável, não se acanhe e compartilhe o post em suas redes sociais agora mesmo!